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VISITA DE ESTUDO DE HISTÓRIA - 7.º ANO
Por Teresinha Teixeira (Administrador do Jornal), em 2015/05/122584 leram | 0 comentários | 1029 gostam
No passado dia 14 de abril, os alunos do 7º. Ano da escola EB 2,3 Gil Vicente realizaram uma visita de estudo ao Mosteiro de Tibães, em Braga e à Colina Sagrada, em Guimarães.
A visita teve os seguintes objetivos:
• Aprofundar conhecimentos adquiridos nas aulas;
• Valorizar elementos do Património histórico português;
• Identificar aspetos da vida quotidiana dos mosteiros;
• Conhecer a cerca do Mosteiro e a sua importância;
• Conhecer elementos históricos e arquitetónicos relacionados com os monumentos da “Colina Sagrada”: Castelo de Guimarães, Capela de S. Miguel e Paço dos Duques;
• Desenvolver a capacidade de observação, análise e comunicação dos alunos;
• Promover o trabalho de equipa e a sociabilidade entre alunos e docentes.
Saímos da escola por volta das 08:45h, acompanhados pelos professores, dirigimo-nos de autocarro até ao Mosteiro de Tibães, em Braga. Chegamos ao local por volta das 09:30h, um pouco adiantados e portanto lanchamos em convívio.
Terminado o lanche, iniciamos a visita pela cavalariça do Mosteiro de Tibães, era lá que se encontravam as manjedouras. De seguida, visitamos a sala do recibo, local onde eram pagas as rendas, em géneros, por vezes agrícolas, por vezes animais e podiam até mesmo pagar em trabalho.
Após algum tempo, tivemos a honra de conhecer o claustro.
O claustro era destinado à meditação, leitura, oração e onde eram sepultados os monges. Eram comuns sepulturas medievais com inscrições, onde estavam escritas algumas informações acerca do sepultado. Este claustro apresenta painéis de azulejos que representam a vida de S. Bento, desde o nascimento até à morte.
Seguidamente, visitamos a igreja, em estilo barroco, construída no século XVII. Este espaço apresenta talha dourada e imitação do mármore. A sua planta é em forma de cruz, que representa a cruz onde Cristo foi crucificado.
Avançamos para o refeitório onde houvera um incêndio. Ardeu tudo e com o tempo chegou mesmo à ruina. É possível observar, ao lado do refeitório, o colégio, quartos de hospedaria e o hospício, que se tratava do refeitório dos hóspedes. Atualmente, são realizados teatros, danças e cinema ao ar livre, neste local.
Em seguida, fomos até à sala de capítulo, onde, de 3 em 3 anos, elegiam-se novos abades.
Desfrutamos também da visita ao lago, cuja planta é oval. Era neste local que o Clero Regular refletia, geralmente, sentados nos bancos. Neste lago situava-se a Fonte das Aveleiras. As cascatas representavam a Figura de Neptuno.
Por volta das 12:30h, terminamos a visita ao Mosteiro de Tibães e fomos almoçar ao parque de S. João, também situado em Braga.
No fim do almoço, às 14:30h, dirigimo-nos para Guimarães de autocarro, onde visitamos a Colina Sagrada (Castelo de Guimarães, Capela de S. Miguel e Paço dos Duques).
A nossa visita foi iniciada pelo Paço dos Duques. Quando este foi aberto para museu, tinha os seguintes objetivos:
- Elucidar as pessoas acerca dos descobrimentos;
- Mostrar como se vivia num palácio há 600 anos.
Este palácio foi reconstruído, no século XX, tendo sido construído há 600 anos por D. Afonso, uma pessoa muito rica, que chegou a ser cavaleiro e embaixador de Portugal. D. Afonso mandou construir este espaço para a sua esposa, D. Constança, que, na altura, tinha 16 anos e era de Espanha. Este tratava-se do 2º casamento de D. Afonso. Deste casamento não houve filhos, logo não havia ninguém para tomar conta do palácio.
O Paço dos Duques contem 39 chaminés e 39 lareiras, geralmente, um palácio só possui 3 lareiras. Apresenta janelas grandes para que o espaço fosse iluminado e quente e um sistema de reutilização de água.
Iniciamos a visita numa sala, onde apreciamos umas belíssimas tapeçarias, úteis para contar histórias, mantendo as salas mais quentes. As paredes estavam repletas de tapeçarias.
Acredita-se que as tapeçarias cobriam algumas portas para não se ouvirem as conversas, tendo surgido assim a expressão “As paredes têm ouvidos”.
Seguidamente, fomos conhecer um dos quartos deste palácio. As camas deste palácio são mais altas e pequenas do que as que atualmente as pessoas possuem na sua habitação. Há 600 anos só as pessoas mais importantes tinham cama e para se exibirem recebiam as suas visitas no quarto. Mesmo sendo casadas, antigamente, as pessoas dormiam em camas diferentes. Dormiam sentadas, porque diziam que deitados era mais fácil a alma sair do corpo e também porque ceavam às horas do atual jantar, logo, assim, faziam a digestão mais facilmente. Neste quarto avistamos um retrato de Catarina de Bragança, filha de D. João IV, princesa de Portugal e rainha de Inglaterra. Foi esta senhora que levou os pratos de porcelana para Inglaterra, juntamente com os talheres. Foi também ela que levou os Ingleses a gostarem tanto de chá!
Noutra divisão pudemos observar outra tapeçaria, que representava a forma como os Portugueses conquistavam as cidades. Estes cercavam-nas, podendo esta cerca demorar meses ou até anos seguidos. Para estas batalhas usavam escudos, canhões, etc.
Foi-nos apresentada uma das melhores coleções de armas de Portugal. As espadas denominavam-se de montantes, pois eram tão pesadas que quase tinham de ser “montadas”. Algumas chegavam a pesar até 5 kg. A maior parte das cotas das malhas deixaram de ser utilizadas para combater, sendo reutilizadas para a limpeza do chão. Um aspeto interessante sobre as armaduras é que completas podiam chegar a pesar entre 30 a 40 kg. Os punhais eram usados para tudo e mais alguma coisa (para cortar a barba, para a guerra, para a caça…).
Posteriormente, dirigimo-nos para uma sala apenas para banquetes. Na altura, as pessoas comiam com as mãos e com os punhais. Nesse tempo, já havia algumas colheres, no entanto, eram mais utilizadas pelos pobres, porque a sua comida era à base de papas.
Finalmente, fomos conhecer a capela do Paço. Há 600 anos não era normal ter-se uma capela dentro de casa, este facto só realça ainda mais a riqueza de D. Afonso.
Ainda na Colina Sagrada, visitamos a Igreja de S. Miguel. Esta Igreja apresenta-se em estilo românico, com pouca luz e arcos de volta perfeita. Aqui encontra-se a pia batismal onde D. Afonso Henriques terá sido batizado. Muito antes de haver cemitérios, as pessoas mais ricas eram enterradas no interior da Igreja e os mais pobres no seu exterior.
A nossa visita ficou concluída com a visita ao Castelo de Guimarães. Por motivo de obras não pudemos visitar todo o espaço. O guia que orientou a nossa visita, aproveitou para nos falar do nosso 1.º rei, D. Afonso Henriques. Realçou que ele foi extremamente inteligente pois quis e conseguiu inventar um país.
Posto isto, demos por terminada a visita e regressamos à escola EB 2,3 Gil Vicente de autocarro por volta das 17:30h. Todos os objetivos da visita foram alcançados, por isso, ficamos todos bem dispostos e enriquecidos.
Trabalho realizado por:
Ana Moura, nº 2, 7.º B
Bárbara Martins, nº 5, 7.º B
Beatriz Ferreira, nº 7, 7.º B
Cátia Gonçalves, nº 9, 7.º B

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