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EXPANSÃO MARÍTIMA PORTUGUESA - 4º ano -A
Por António Loureiro (Professor), em 2013/01/079963 leram | 0 comentários | 1415 gostam
Que era dantes o mar? Um quarto escuro
Onde os meninos tinham medo de ir…
 E hoje o mar é livre e é seguro E foi um Português que o foi abrir.
                                (Afonso Lopes Vieira)
O mar sempre teve para os Portugueses atrativos especiais. A extensa costa, banhada pelo Oceano Atlântico, facilitou a nossa expansão marítima.
O ideal que levou o povo português às descobertas e conquistas foi o desejo de alargar o reino e expandir a Fé Cristã. Os conhecimentos científicos, matemáticos e astronómicos já existentes na época, permitiram as navegações através dos oceanos, em procura de novos mundos e novas gentes. O mar tornou-se o caminho das conquistas, dos descobrimentos, da poesia, da inspiração artística e da glória dos Portugueses.
Foi no reinado de D. João I e por iniciativa de seus filhos que se iniciaram as conquistas além-mar.
Muitos foram os navegadores Portugueses que se aventuraram e deram novos mundos ao mundo.
                           

Rota das principais viagens marítimas.
Apenas vamos aqui deixar um pequeno registo de alguns destes homens destemidos e aventureiros.
Filho de D. João I e de D. Filipa de Lencastre, o Infante D. Henrique nasceu em 4 de março de 1394, no Porto.
      O Infante D. Henrique, conhecido no mundo inteiro por Henrique, O Navegador, era um homem culto, estudioso, que muito se interessou pela arte de navegar.
       Após a conquista de Ceuta, o pensamento do Infante volta-se para a expansão além-mar, no desejo de divulgar a Fé Cristã e de descobrir e conquistar novas terras. Para realizar esse plano, fixa-se em Sagres, no Algarve, onde funda a Escola Náutica de Sagres
       O Infante D. Henrique foi o grande iniciador dos descobrimentos marítimos. Graças a ele, as naus, as caravelas e os galeões portugueses sulcaram «mares nunca dantes navegados» percorrendo as costas da África, Ásia e América. Deve-se a ele a projeção de Portugal no Mundo que levou esta pequena nação do ocidente da Europa a ser a mais nobre, a mais gloriosa e poderosa nação da Terra.
                                                 
 Em 1418 os marinheiros João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira descobriram, no Atlântico, a Ilha de Porto Santo.
 Em 1419 os mesmos navegadores acompanhados por Bartolomeu Perestrelo, descobriram uma ilha a que chamaram Madeira.
  Em 1427 Diogo de Silves descobre as primeiras ilhas do Arquipélago dos Açores. Mais tarde, por alturas de 1431, Gonçalo Velho Cabral faz o reconhecimento dessas ilhas e descobre a ilha de Santa Maria, começando o seu povoamento.
 Gil Eanes, marinheiro arrojado, fez no ano 1434, a terrível travessia do Cabo Bojador, que era para os navegadores, como um fantasma.
  Com esta travessia abriam-se novos caminhos para o Sul, levando os portugueses a desvendarem a lenda do «Mar Tenebroso», segundo as quais o mar, naquela zona, engolia as embarcações e as gentes.

 O destemido navegador Bartolomeu Dias navegou para sul e contornou a costa de África. Em 3 de fevereiro de 1488 passou o Cabo das Tormentas que fica na ponta sul da África.
 Segundo a lenda, nesse cabo existia um gigante adamastor, monstro horrendo que fazia naufragar as embarcações dos Portugueses. Estava aberta a passagem marítima entre o oceano Atlântico e oceano Indico.
       D.João II mudou o nome para Cabo da Boa Esperança, porque havia esperança de que por ali se atingiria a Índia, que nessa ocasião aparecia aos olhos de todos os Europeus como terras com muitas riquezas, que todos desejavam, mas onde era difícil.
 O Vasco da Gama nasceu em 1469 de uma nobre família da região da Estremadura.
  Era um marinheiro corajoso com muita experiência e foi encarregado desta missão. No dia 8 de julho de 1497 partiu da praia do Restelo com uma esquadra composta de vários navios (S. Gabriel, S. Rafael, Bérrio) e uma nau com comida.
  A sua viagem teve muitas dificuldades e perigos. Sobre os navios caíram tempestades violentas, chuvas e ventos fortes. Mas os Portugueses não desistiram e continuaram a vencer todos os perigos, orientados pela bússola e um astrolábio.
 A 20 de maio de 1498 chegou a Calecut, capital da Índia. Tinha-se descoberto o caminho marítimo para a Índia.
 Cristóvão Colombo nasceu em Itália, no ano de 1450. Veio para Portugal onde aprendeu a ciência da navegação.
 Pensou ser possível chegar à Índia, navegando pelo Ocidente e ofereceu os seus planos a D. João II que os rejeitou. Cristóvão Colombo apresentou então a sua proposta à rainha de Castela que a aceitou. Em 1492, atingiu as Antilhas, convencido que havia descoberto a Índia. Era um novo continente – a América.
Pedro Alvares Cabral nasceu em Belmonte, na encosta da Serra da Estrela, provavelmente em1468. D. Manuel I mandou Pedro Alvares Cabral à Índia para aí firmar o nosso domínio religioso e comercial.
Em 8 de março de 1500 partiu do Tejo uma poderosa armada, comandada por Pedro Alvares Cabral composta 13 naus e 1500 homens.
Em 22 de abril de 1500 avistou costa e aí lançaram âncoras. E como era o dia de Santa Cruz chamou a essa terra de Vera Cruz. Ali foi erguido um padrão para mostrar que aquela terra pertencia ao reino português.
Havia ali muitas árvores que tinham o interior vermelho, cor da brasa, a que chamavam pau-brasil. A partir desta riqueza, o nome de Vera Cruz foi substituído por Brasil.
Ver as as embarcações que nós construímos na sala de aula.

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