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ASTÉRIX E OBÉLIX ESTÃO DE VOLTA
Por Conceição Páscoa (Professora), em 2020/04/30495 leram | 0 comentários | 115 gostam
No âmbito da Banda Desenhada há novidades nas bancas, algumas das quais já disponíveis, que fazem ressurgir antigos heróis e velhas aventuras.
Com efeito, já se encontra disponível nas bancas o 38º. álbum da Banda Desenhada com novas aventuras de Astérix e seus amigos.
A nova edição e quarto álbum da dupla Jean-Yves Ferry e Didier Conrad, tem uma tiragem de 50 mil exemplares no nosso país e será lançado em 15 línguas e idiomas, perfazendo 5 milhões de volumes a nível global.
Recorde-se que o gaulês Astérix e os seus amigos têm já 60 anos contados, com muitas aventuras contra os romanos, uma vez que foram criados em 1959 por Albert Uderzo e René Goscinny.
Nesta história intitulada “A FILHA DE VERCINGÉTORXV”, a protagonista é Adrenalina, uma jovem de cabelo ruivo e botas em estilo rebelde, que como o seu próprio nome indica traz-nos de regresso a adrenalina da luta contra os romanos, desta feita numa fuga à tentativa de rapto e roubo do seu colar herdado do pai, aventura em que conta com a ajuda da resistência gaulesa.

Entretanto, em outubro próximo, a Asa irá editar o álbum “O MENIR DE OURO”, que adapta uma história de audiolivro lançado em 1967, que tem como protagonista Cacofonix.
Nesta história, que terá uma versão áudio a disponibilizar online, Cacofonix é acompanhado por Astérix e Obélix, que, além de correrem o risco de enfrentar os romanos, arriscam-se a ficarem surdos com as cantorias do amigo bardo, que, como o seu nome indica, é dado aos sons desagradáveis.
Porém, Cacofonix está disposto a participar no famoso concurso de canto dos bardos gauleses e a conquistar o menir de ouro, com a sua interpretação de “Menhir montant, mais oui madame” …

ALBERT UDERZO
Entretanto, recorde-se que Albert Uderzo (1927-2020), um dos grandes mestres da Banda Desenhada e desenhador de Astérix e Obélix, faleceu recentemente, em março deste ano, com 93 anos de idade.
De facto, Uderzo foi fazer companhia ao seu amigo René Goscinny (1926-1977), falecido com apenas 51 anos de idade. Ambos, durante cerca de 18 anos, legaram-nos cerca de 24 álbuns de Banda Desenhada que resistiu ao tempo, tal como os gauleses de Astérix e Obélix resistiram aos romanos.
Albert Uderzo ainda publicaria cerca de 10 livros, após a morte do seu companheiro de trabalho, o último dos quais para celebrar o meio século de edições, denominado “O Aniversário de Astérix e Obélix – O Livro de Ouro”, publicado em 2009.

De facto, iniciado em 1959 na revista “Pilote” e posteriormente no primeiro álbum intitulado “Astérix, o gaulês”, publicado em 1961 com uma tiragem de apenas 6 mil exemplares, as aventuras de Astérix e Obélix dispararam para os 375 milhões já vendidos em todo o mundo, com traduções em 111 línguas e dialetos.
Desapareceu assim um dos dinossauros e mestres da Banda Desenhada, mas Astérix e Obélix continuam a resistir, como o comprovam as recente publicação da Asa “A filha de Vercingétorx, uma edição de 5 mil exemplares entre nós e com a tiragem de cerca de 5 milhões a nível mundial, em 15 línguas.
Deste modo, pelas mãos de uma nova dupla, Jean Yves Ferry e Didier Conrad, os pioneiros das aventuras de Astérix e Obélix, continuam vivos e imortalizados.

O REGRESSO DOS CINCO

Igualmente, e apesar de contarem já com cerca de 80 anos, os Cinco mantêm-se jovens e estão de volta à ação nas páginas de Banda Desenhada, com dois volumes editados recentemente pela Oficina do Livro. Retoma-se assim uma das séries da literatura infanto-juvenil de maior sucesso de todos os tempos, de autoria de Enid Blyton (1896-1968), que entre 1942 e 1963 escreveria 21 volumes de mistério e aventura.
Deste modo, assinados pela dupla Béja e Natael, numa tradução de Ana Lourenço os títulos “O CINCO E A ILHA DO TESOURO” e “OS CINCO E A PASSAGEM SECRETA”, são os primeiros volumes lançados, que permitirão rever algumas aventuras e personagens desta saga.
Assim, numa edição em capa dura com cerca de 32 páginas a cores, vai ser possível reviver esta série, cujo sucesso a guindaria também à televisão, ao cinema e aos videojogos, bem como aos áudio-livros, aos musicais e peças de teatro.
Com efeito, os jovens portugueses vão ter oportunidade de conhecerem Júlio, provavelmente o jovem de mais bom-senso, a Ana, sempre muito prática, bem como o brincalhão David, a que se ajuntam a maria-rapaz Zé e o fiel cão Tim. Personagens a que se acrescentam a tia Clara, com a sua bonomia e o tio Alberto, um cientista distraído, que na ilha Kirrin ensaia as suas brilhantes invenções.
“Os Cinco e a Ilha do Tesouro” é portanto a primeira aventura. Uma história que narra as férias de Júlio e Ana na casa da tia Clara, na ilha Kirrin, local onde conhecem a prima Zé e iniciam a busca de um tesouro, indicado num velho mapa. Porém, eles não estão sós nesta caça ao tesouro, que é disputada por mais gente …Já na história “Os Cinco e a Passagem Secreta”, as férias em Kirrin não parecem correr tão bem. De facto, a Zé e os primos estão retidos em casa, porque tiveram más notas e o precetor, o senhor Roland, está por lá para os fazer trabalhar. Mas os quatro detetives e o seu cão estão alerta e acabam por descobrir uma passagem secreta sob a casa …
O resto, só lendo …

Texto de Álvaro Nunes




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