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BAIRRO AFONSINO 2019
Por Carla Manuela Mendes (Professora), em 2019/01/21254 leram | 0 comentários | 44 gostam
Já está nas bancas a primeira edição de 2019 da revista infanto-juvenil Bairro Afonsino, correspondente aos meses de janeiro/fevereiro.
Desta feita, para além das suas rubricas habituais, Bairro Afonsino assume como tema central o amor e o Dia dos Namorados. Deste modo, a história “Amor à moda de Guimarães” leva-nos às tradições vimaranenses e estudantis das festas Nicolinas, em particular e concretamente ao número romântico das Maçãzinhas, com passagem pelas passarinhas e sardões da romaria de Santa Luzia, até ao artesanato e simbolismo da Cantarinha do Namorados. Amor ao qual também adere Sophia de Mello Breyner Andresen, cujo centenário de nascimento aqui se evoca, e que, a propósito da história amorosa de Vanina e Guidobaldo, na Veneza renascentista e da sua obra “O Cavaleiro da Dinamarca”, nos convida para o seu reconto em Banda Desenhada (BD).
Tema a que nem sequer o Bobo Bibinhas ficaria indiferente, contando-nos em verso os amores de Pedro e Inês, dos tempos medievais da nossa História, como verificas neste excerto:

“D. Pedro, o rei justiceiro
Avô da dinastia de Avis
Foi popular e carniceiro
Contra todos os atos vis

Pela bela Inês Castro, uma aia,
Por quem louco se apaixonou
 Aos seus assassinos e à sua laia
À justiceira morte condenou

Contra seu pai se revoltaria
Por este amor que o enlaça
Amor que nunca abandonaria
Até ao túmulo em Alcobaça
(…)
Por Pedro, sempre amada,
Contra tudo e contra todos
A formosa Inês apaixonada
Lutou por amor com denodos.

Porque o amor é bem mais forte
Que quaisquer razões de estado
E triunfa além, na vida e na morte,
Contra o medo e contra o fado.

Amor que em Coimbra perdura
Na Quinta das Lágrimas vertidas
Que na Fonte dos Amores jura
Amor eterno para além das vidas!”
(…)

Quanto às rubricas habituais, para além das citadas, Aku na Uba, de autoria de Paulo de Jesus, fala-nos sobre a “Máquina de fazer dinheiro” , numa estória que conta com a preciosa ajuda de Berloque Holmes e do Dr. What? Son!, aos quais (imprevisivelmente) e de forma mirabolante, se ajunta o Super-Homem, também ele em trânsito para uma aventura amorosa em Marte. Aliás, três outros “Magníficos da BD” acabariam também por aparecer no Bairro Afonsino para celebrar 90 anos de vida e soprar as velas da praxe do nosso bolo de aniversário: o Rato Mickey, Popeye e Tintin, todos eles devidamente acompanhados por Minnie, Olívia Palito e Milu.
Ademais, nas rubricas habituais, não faltam, como de costume, as “Gargalhotas”, diversos passatempos, charadas e jogos para toda a família, bem como outras utilidades e inutilidades , como aquecedores de nariz, cuecas para as mãos e até guarda-chuvas à ninja. Igualmente, iniciativas a pôr à prova a tua criatividade como a proposta de trabalho “O que me aconteceu foi um filme”, ou imitação de poses a fotografar, bem como a confeção da “Receita do Bairro” do prato massa à carbonara.
E, claro, “Expressões com História”, a habitual rubrica de Álvaro Nunes, que desta vez nos fala do(s) significado(s) de “sair a fava”, a propósito do bolo-rei, bem como de várias “Coisas da fava”, como a “mulher da fava rica”, ou as “favas contadas” e outras, antes que te “mande à fava”…
Neste contexto das tradições, ressaltam ainda as Reisadas e/ou Janeiras, no artigo “Vamos cantar as Reisadas” e no âmbito da atualidade algumas sugestões de trajes carnavalescos para o próximo dia 5 de março.

Na parte mais informativa os destaques vão para as iniciativas promovidas pelo Bairro Afonsino, como os workshops de Ilustração, que contaram com Carlos Falcão e Leonor Zamith e a sessão na Casa do Professor de Braga, bem como a nossa participação no Mercado de Natal. Boas notícias a que se ajuntam algumas conquistas vimaranenses: o Emmy da Novela para a vimaranense Maria João Costa com a telenovela “Ouro Verde”; a estrela Michelin para o Chefe Vimaranense António Loureiro e o seu restaurante “A Cozinha” ; e ainda a disputa de dois jogos de futebol da Final Four da Liga das Nações no estádio D. Afonso Henriques.
E claro, a próxima inovação vimaranense do WCão, da qual descarregamos uma passagem elucidativa:

“Guimarães continua à frente nas conquistas inovadoras, apesar do assunto em causa se processar nas traseiras!
Com efeito, após o eco-pontas para as beatas (de cigarro obviamente) e dos papa-chiclas, um novo projeto desenvolvido pelo Laboratório da Paisagem criou e pensa instalar com aval camarário dois novos equipamentos na cidade: o WCão Park e o WCão Urban.
Como o nome indica os equipamentos destinam-se a todos os animais caninos, incluindo vira-latas e rafeiros, e serão implantados nos parques ou áreas urbanas para combater os dejetos caninos.
 (…)
Ao que também apuramos o PAN louvou a iniciativa e promete estar presente em Guimarães aquando da inauguração dos primeiros WCães, acompanhados por uma matilha de seguidores de estimação.
Sabemos também que escolas de cães vão também abrir uma nova disciplina de Educação Sanitária, prevendo que a aprendizagem para o desfralde será um ponto problemático e terá de ser contemplada no currículo.
(…)
Mantém-se todavia, por solicitação dos veterinários vimaranenses, a permissão do chichi canino nas paredes e troncos das árvores, por questões de tradição e para evitar eventuais depressões na bicharada.
(…)

Procura a revista nas bancas dos quiosques e livrarias de Guimarães ou ainda na biblioteca da tua escola.
Vais ler e ver que te vais divertir …

Texto
de
Álvaro Nunes

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