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“GUIMARÃES CIDADE DE PATRIMÓNIO”
Por António Loureiro (Professor), em 2017/04/261366 leram | 0 comentários | 773 gostam
A Câmara Municipal apresentou no passado 18 de abril, Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, o roteiro “Guimarães Cidade de Património”, que se encontra disponível nos postos de turismo locais, em três línguas diferenciadas
O guia, inserido no Projeto Hereditas, apresenta 51 pontos de interesse concelhio, discriminados por monumentos, conjuntos e sítios de interesse nacional, interesse público e interesse municipal, cujo objetivo fundamental é divulgar o património classificado vimaranense.
Contudo e segundo o vereador da Cultura este será “a primeira edição de uma série de roteiros”, uma vez que, brevemente, se prevê a publicação da “Rota dos Frescos das Igrejas” e do “Património Ambiental”.
Paralelamente e de acordo com o Presidente da Câmara serão levadas a cabo algumas requalificações em alguns destes pontos de interesse, nomeadamente na área adjacente da Igreja de S. Francisco, na envolvente lateral virada a Couros, tendo em vista classificar esta zona como Património da Humanidade”.
Por curiosidade, enumeramos os monumentos, conjuntos e sítios que se encontram discriminados por diferentes categorias de classificação.

Assim, de interesse nacional são 21 os monumentos nacionais classificados, a saber:
 
1. o Centro Histórico de Guimarães, Património Mundial da UNESCO desde 2001, cujas origens remonta ao século X;
2. as Muralhas de Guimarães, com origens no final do século XII ou inícios do século XIII:
3. o Paço dos Duques de Bragança, cuja construção remonta ao século XV, embora posteriormente restaurado entre 1937 e 1959;
4. a Igreja de S. Miguel do Castelo, edifício do século XIII, na qual se encontra a suposta pia batismal de D. Afonso Henriques;
5. o Castelo de Guimarães, fundado no século X pela condessa D. Mumadona Dias;
6. a Igreja de Nossa Senhora da Oliveira, iniciada em 949 a partir do antigo mosteiro medieval fundado por Mumadona Dias;
7. o Padrão Comemorativo da Batalha do Salado, mandado construir no reinado de D. Afonso IV para comemorar a vitória nessa batalha, em 1340;
8. os Paços Municipais de Guimarães, cuja construção se iniciou em finais do século XIV;
9. o Cruzeiro da Senhora da Guia, em estilo manuelino, datado do século XVI;
10. o Claustro do Convento de S. Domingos, em estilo gótico, que remonta ao século XIV;
11. o Padrão de D. João I, monumento do século XV, que comemora a entrada em Guimarães de D. João I, aquando do cumprimento da promessa feita pela vitória na Batalha de Aljubarrota (1385);
12. a Citânia de Briteiros, cuja ocupação remonta aos séculos II e I a.C. , castro da Idade do Ferro e período pré-romano;
13. o Castro de Sabroso, cuja ocupação terá ocorrido entre os séculos III e I a.C.;
14. a Ara de Trajano, nas Caldas das Taipas, dedicada a este imperador romano;
15. a Ponte do Rio Ave, que fazia a ligação entre as freguesias de S. João de Ponte e S. Tomé de Caldelas;
16. a Capela do Mosteiro de S. Torcato, de origens pré-românicas, que data de 951;
17. a Igreja de S. Martinho da Candoso, com origens no século XIII;
18. a Ponte de Serves, cuja construção terá tido início por volta de 1185 e que durante a Idade Média ligava Guimarães ao mar (Vila do Conde) e servia a “via régia” para Barcelos e Vila Nova de Famalicão;
19. a Igreja de Santa Cristina de Serzedelo, com origens prováveis no século XI, um exemplar de estilo românico;
20. os Marcos Miliários, depositados na Sociedade Martins Sarmento, que faziam parte de antigas vias romanas;
21. o Santuário da Santa Maria Madalena da Falperra, em gosto rococó, referenciado em documentos datados do século XVI;

Entretanto, classificados de interesse público, a lista inclui ainda 27 imóveis:

22. a Capela de Santa Cruz, de arquitetura religiosa maneirista, edificada em 1639, nas proximidades do Castelo;
23. a Casa dos Lobo Machado, edifício de arquitetura civil barroca do século XVIII,atual sede da Associação Comercial e Industrial de Guimarães;
24. o Edifício da Misericórdia de Guimarães, conjunto setecentista que inclui a Igreja e a Sacristia de traça maneirista e altares em talha rococó;
25. a Igreja de S. Domingos , cuja igreja conventual gótica e claustro, foram reconstruídos em 1375;
26. a Rua D, João I, antiga rua dos Gatos, traçada desde os finais do século XII e caminho para o Porto;
27. o Edifício da Rua Egas Moniz, 113, de provável origem medieval, galardoado com o Prémio Europa Nostra;
28. o Cruzeiro Fronteiro ao Adro da Igreja de S. Francisco, em estilo gótico, construído no século XV;
29. a Igreja de S. Francisco, em estilo gótico, maneirista, barroco e neoclássico, conjunto monumental iniciado no século XIII, formado pela igreja e mosteiro;
30. os Frescos (quinhentistas) Existentes no Convento de S. Francisco;
31. a Igreja e Oratórios de Nossa Senhora da Conceição e Santos Passos, obra de André Soares iniciada em 1769;
32. a Igreja do Convento das Capuchinhas ou da Madre de Deus, fundado em 1681;
33. o Mosteiro de Santa Marinha da Costa (século XI), cuja área conventual foi adaptada a pousada;
34. a Capela da Nossa Senhora da Conceição(século XVIII);
35. a Estação Arqueológica da Penha, cuja ocupação se situa ente o período Calcolítico e a Idade do Bronze.

A estes ajuntam-se ainda a Casa de Caneiros, imóvel palaciano barroco, a Capela do Espírito Santo, o Cruzeiro de Granito Brasonado, a Casa ou Paço de Sezim e a Casa do Alto e Jardim Anexo, onde viveu Raúl Brandão. Estão ainda referenciadas a Igreja Velha de S. Cipriano de Tabuadelo, o Paço de S Cipriano, a Igreja de S. João de Calvos e a Igreja Velha de Santa Maria de Corvite. A lista encerra com várias casas apalaçadas como a Casa de Margaride, a Casa e Capela da Quinta das Corujeiras, a Casa e Quinta de Minotes e a Capela e Quinta do Ribeiro

Finalmente, como imóveis de interesse municipal encontram-se classificados a Casa das Rótulas e a Casa do proposto e seus jardins, bem como a Capela do Bom Despacho.

De adquirir (para já gratuitamente), ler e consultar …

Texto escrito por,
Álvaro Nunes


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