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Evocação de Hélder Rocha na SMS
Por António Loureiro (Professor), em 2016/11/02755 leram | 0 comentários | 128 gostam
Amigos,familiares e várias instituições vimaranenses vão promover uma sessão evocativa em memória de Hélder Rocha.
Amigos ,familiares e várias instituições vimaranenses vão promover no próximo dia 19 de novembro (sábado), pelas 17 horas, na Sociedade Martins Sarmento, uma sessão evocativa em memória de Hélder Rocha (1916- 2005), a propósito do centenário do seu nascimento.
Hélder Rocha (HR), engenheiro civil de profissão, foi um ativo interventor na vida vimaranense e da sua cidade berço, distinguindo-se ao longo do século passado em diversas ações e iniciativas em prol de Guimarães, do seu Vitória e das Nicolinas.
Por isso, entre os oradores da sessão evocativa constarão José Pereira (Presidente do Sindicato dos Treinadores de Futebol), que evocará sua faceta de vitoriano e de dirigente desportivo, quer no Vitória Sport Clube, do qual foi presidente em 1961 e posteriormente membro da direção e Presidente Honorário (1981), quer como membro da Federação Portuguesa de Futebol, entre 1967 e 1982, que lhe valeria a atribuição da Medalha de Ouro ao Mérito.
Entre outros oradores convidados consta ainda o sociólogo Esser Jorge, que dissertará sobre vertente jornalística do homenageado e dos cerca de 50 anos de jornalismo exercido nos semanários regionalistas Notícias de Guimarães e Povo de Guimarães. Apelo da escrita que também se saldaria por dar ao prelo dois volumes das suas “Efemérides Vimaranenses”, o primeiro dos quais publicado aquando da homenagem prestada nos seus 80 anos, em jantar organizado no Teatro Jordão.
  
Noutra faceta, dois antigos Presidentes da Câmara recordarão Hélder Rocha, nas suas vertentes política, autárquica e associativa. De facto quer António Xavier quer António Magalhães, relembrarão certamente a sua faceta de tribuno ativo na Assembleia Municipal de Guimarães, como deputado do Partido Socialista e acima de tudo as suas dimensões de democrata e republicano, evidentes circunstâncias várias, não só e especialmente aquando do apoio à candidatura presidencial do General Humberto Delgado. em 1958, que lhe valeu uns dias de prisão pela PIDE, como também no pós 25 de Abril, que vivenciou com particular alegria.
Além disso, HR deu o seu prestimoso contributo a várias associações e realizações vimaranenses, como as Gualterianas e a Exposição Industrial de 1953 e em especial à causa Nicolina e à AAELG/Velhos Nicolinos, que o designaria como Nicolino-Mor. Será esta paixão Nicolina que constituirá o cerne da intervenção de José Maria Magalhães, também ele um acérrimo e pertinaz defensor da demanda nicolina.

Contudo, para além das intervenções das personalidade indigitadas, que abordarão a sua vida como vimaranense bairrista, Nicolino, jornalista, vitoriano e dirigente desportivo, ocorrerão também algumas saudações a cargo das instituições que serviu, bem como por parte das autoridades concelhias e da comissão promotora.

 O programa evocativo prevê ainda a abertura de uma exposição de referências da sua memória de vida e a apresentação do livro “Manual (para um pequeno) Nicolino”, uma co- autoria de Paulo Gonçalves e Gabriela Cunha, com ilustrações de Raquel Costa. Uma obra destinada às crianças e jovens entre os 8 e os 12 anos, que é dedicado a Hélder Rocha, narrador da história. Paralelamente, decorrerá uma recitação de extratos dos Pregões Nicolinos de 1935 e 1936, dos quais o homenageado foi pregoeiro.

Refira-se que entre os promotores do evento avultam a AAELG/Velhos Nicolinos, a Irmandade de S. Nicolau e a Tertúlia “4 de dezembro”, o Vitória Sport Clube, a Sociedade Martins Sarmento e a Junta de Freguesia de Urgezes, localidade onde residiu vários anos.
Entretanto e para os interessados, informa-se que o contato sobre esta efeméride encontra- se afeto ao endereço eletrónico centenariohelderrocha@gmail.com
Em sua memória e com a devida vénia, transcrevemos do seu II volume das “Efemérides Vimaranenses” algumas das ditas cujas, datadas de 15 de novembro, dia de seu aniversário, curiosamente coincidente com o de Alberto Sampaio:
“1565 – Visitando a Igreja de Nossa Senhora da Oliveira, o arcebispo de Braga, D. Frei Bartolomeu dos Mártires, traz consigo notificação a identificados fregueses, ordenando logo aos que nela servem para evitarem de Igreja e ofícios divinos umas trinta e tal criaturas, “por continuarem, de certeza, naquela vida que lhes motivou admoestações.”
“1823 – A Vereação em reunião, resolve mudar a feira das madeiras e lenha do Largo de Santa Clara para junto da cadeia, no Terreiro da Misericórdia, limitando, mais tarde. a sua localização desde o tanque ali existente para o lado da mesma cadeia e proibido de alargar-se para o lado da Igreja.”
“1841- Nasce na Rua da Rainha D. Maria II. Alberto Sampaio, que tendo-se formado em Direito pela Universidade de Coimbra, pertenceu à celebrada geração académica de Antero de Quental, de quem foi tão amigo que chegou a trazê-lo para recuperar da saúde na quinta em que vivia, junto ao Mosteiro da Costa.
Historiador de nomeada, sendo considerado um dos mais prestigiados medievalistas portugueses. Foi Sócio Honorário da Sociedade Martins Sarmento desde 1891, colectividade a que dedicou afeição especial e para a qual contribuiu com um labor intenso, sendo dado como impulsionador da Exposição Industrial de Guimarães de 1884 e também o autor do seu relatório, testemunho válido do empreendimento. Deixou um conjunto de obras valiosas, ainda merecedoras de consulta e que podem ser lidas na biblioteca da S.M.S.”
  
“1859 -– O professor de instrução primária e francês, Francisco António de Almeida, considerado benemérito da cidade, abre o seu primeiro curso nocturno de sistema métrico decimal.”
 “1925 - Sai pela primeira vez uma publicação quinzenal, intitulada A Ortiga, propondo-se a fazer crítica e humorismo, dedicando-se ainda ^`a divulgação das Artes e das Letras e ao Desporto. Foi seu director e editor Salvador Dantas, sendo impressa na Tipografia Dantas, na rua de Santo António, que era da propriedade do pai. Teve pouca duração, vindo a terminar com o nº. 6, de 31 de Janeiro do ano seguinte,”
   
Texto de autoria do

Professor Álvaro Nunes

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