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Visita de Estudo à Citânia de Briteiros
Por António Lourenço (Professor), em 2018/05/08711 leram | 0 comentários | 149 gostam
No passado dia dois de maio, os alunos do quinto ano do Agrupamento de Escolas Gil Vicente, visitaram o Museu da Cultura Castreja.
Os alunos do quinto ano do Agrupamento de Escolas Gil Vicente, foram visitar o Museu da Cultura Castreja, um museu estreitamente relacionado com a Citânia de Briteiros, o Castro de Sabroso e a figura do arqueólogo Francisco Martins Sarmento. Está instalado no Solar da Ponte, em Briteiros. O Museu da Cultura Castreja é o primeiro espaço dedicado a este tipo de cultura que apenas existe no noroeste peninsular. O Museu está aberto ao público desde finais de 2003 e evidencia a importância daquela cultura, constituindo, também, a justa homenagem a Francisco Martins Sarmento. Mas, este velho Solar não serviu apenas como base de exploração arqueológica. Foi refúgio de Camilo Castelo Branco em período difícil em que o escritor se viu perseguido. Da sua permanência no Solar deixou registo: “A meia légua das Taipas, tem Francisco Martins uma quinta, chamada de Briteiros. Na casa magnífica da Quinta vivia um par de cônjuges decrépitos, antiquíssimos criados de pais e avós do meu amigo. A extensão das salas, câmaras, corredores em longitude e forma conventual, de tudo me senhoreei. Escolhi o quarto, cujas janelas faceavam com um recortado horizonte de arvoredos, e a cumeeira chã dum serro onde se divisam as relíquias de antiga povoação, que lá dizem ter sido Citânia, cidade de fundação romana. Algumas horas ali passou comigo Francisco Martins; mas o máximo dos dias e as noites vivi diante de mim próprio, na soledade daquele quarto, ou em perigosas excursões à serra sobre um cavalo, que parecia vezado a passear sobre alcatifas. Amanheci um dia entre as ruínas da presumida Citânia. Vi algumas pedras derruídas em cômoros, as quais denunciavam ausência de toda a arte, para de pronto desvanecer conjecturas de edificação regular. Existiam vestígios de cisterna, e descalçadas lajens dum caminho de pé-posto, que sem dúvida tinha sido estrada.”
De seguida, e já na Citânia de Briteiros, os alunos continuaram a sua visita de estudo. Aqui, Monte de S. Romão, observaram as ruínas de uma povoação fortificada, fizeram muitas perguntas e tiraram muitas fotografias. De regresso à escola, as cantigas e a boa disposição fizeram parte integrante desta manhã cheia de aventuras.

Professora Célia Fernandes


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