Visita ao Jardim Botânico do Porto | ||||||||||||
Por Carla Manuela Mendes (Professora), em 2019/06/05 | 586 leram | 0 comentários | 203 gostam | |||||||||||
A Escola de Arrau realizou uma visita de estudo ao Jardim Botânico do Porto e Casa do Avós de Sophia de Mello Breyner Andresen. A casa dos avós da escritora é um Palacete histórico do século XIX localizado precisamente no Jardim Botânico do Porto. | ||||||||||||
Este espaço integra mais de quatro hectares de terreno. Localizado na antiga Quinta do Campo Alegre, apresenta espaços ajardinados diversificados que enquadram dois edifícios principais que foram recentemente alvo de requalificação. De salientar que a visita de estudo foi oferecida pela Associação de Pais da Escola que, através das atividades desenvolvidas, angariou verbas que utilizou em atividades como esta, o que é um enorme contributo para a Vida escolar. Em 1895, João Henrique Andresen adquire a Quinta do Campo Alegre. Será este comerciante de vinho do Porto que recupera os jardins, impondo o estilo romântico dominante na época. Dois membros desta ilustre família da burguesia portuense tornaram-se escritores famosos: Sophia de Mello Breyner e Ruben A. Os alunos exploraram os jardins, tendo o guia explicado que este jardim foi fonte de inspiração para Sophia escrever as suas obras. As crianças, sentadas em troncos de carvalhos, ouviram o conto “A Floresta", de Sophia de Mello Breyner Andresen. É um livro que fala sobre uma menina chamada Isabel que tinha uma grande casa e, num sábado, quando andava a passear pela sua quinta, encontrou uma árvore cujas raízes davam para uma casa para anões. Então a menina construiu isso mesmo. Um dia, quando voltou a ir ver a sua casinha, estava lá dentro um anão de verdade e acabaram por fazer amizade. Ao escrever o livro, a autora inspirou-se na sua própria infância e no sítio de sua avó. Puderam contemplar ainda diferentes exemplares botânicos, por exemplo, a Árvore dos cabelos ou árvore do fogo. A raiz nos tronco (cabelo) é natural da Austrália. Como o clima é muito seco daí terem as raízes no tronco para captar a humidade. Em 2017, na casa, abriu a Galeria da Biodiversidade, um museu da rede ciência viva, sobre a vida na terra, a evolução e biodiversidade. A exposição apresenta um conjunto de 49 módulos expositivos e instalações, muitos dos quais desenvolvidos ou adaptados especificamente para a sua exposição permanente, que se organizam em 15 temas principais através dos quais se abordam os mais variados aspetos da diversidade biológica e cultural existente. O esqueleto de baleia ocupa o átrio central da Casa Andresen, no Jardim Botânico do Porto. Tudo começou há 80 anos, quando uma baleia deu à costa na Praia do Paraíso, em Matosinhos. Cedida ao "Instituto de Zoologia Dr. Augusto Nobre" pelo comerciante que a arrematou em leilão, o seu esqueleto foi objeto de um longo processo de tratamento para, em 2016, passar a figurar no átrio central da casa, conforme preconizado pelo marinheiro Hans, personagem do conto "Saga" de Sophia de Mello Breyner Andresen. Este lamentava que o esqueleto estivesse, há anos, empacotado "por não haver lugar onde coubesse armado". Seguiu-se um almoço / convívio no Parque da Cidade do Porto. Esta atividade permitiu, para além do natural convívio, sensibilizar os alunos para a biodiversidade e adquirir conhecimentos sobre Sophia de Mello Breyner que este ano celebra o seu centenário. | ||||||||||||
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