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Sessão Distrital do Parlamento dos Jovens
Por António Loureiro (Professor), em 2017/03/17735 leram | 0 comentários | 170 gostam
No dia 20 de fevereiro decorreu, no auditório do Instituto Português do Desporto e da Juventude, em Braga, a Sessão Distrital do Parlamento dos Jovens, Sessão do Ensino Básico, deste ano
A nossa escola foi brilhantemente representada pelas deputadas Francisca Salgado e Cristiana Almeida, apoiadas pela deputada suplente Cátia Gonçalves. Apesar da sua prestação em tudo excepcional, a nossa escola não foi, desta vez, eleita para representar o Distrito de Braga na Sessão Nacional a decorrer em Lisboa nos dias 22 e 23 de maio próximo.

A deputada Cristiana Almeida colocou a nossa escola em destaque logo no período antes da ordem do dia, altura em que os jovens deputados colocam questões ao deputado da Assembleia da República, este ano representada pela presença do Deputado Emídio Guerreiro, que também visitou este ano a nossa escola. Cristiana Almeida expôs, utilizando recursos de oratória exemplar, um panorama preocupante da situação política mundial atual, referindo-se à emergência de correntes antidemocráticas e populistas. Terminava perguntando se estaríamos de volta à Idade Média e, ironicamente, questionava quanto tempo faltava para estarmos a queimar bruxas no Terreiro do Paço, em Lisboa, no Largo do Paço em Braga ou na Praça da Oliveira em Guimarães. O Deputado Emídio Guerreiro elogiou a questão e partilhou a preocupação da nossa aluna, referindo que cabe também às novas gerações protegerem os valores ocidentais da democracia, da liberdade de expressão e dos direitos humanos no geral.

Durante a exposição das medidas da nossa escola, coube à nossa deputada Francisca Salgado apelar à responsabilidade dos elementos daquela sessão para que escolhessem as medidas que mais reforçassem a democracia e a liberdade. Durante a votação na generalidade, porém, os deputados presentes nem sempre escolheram os projetos de recomendação de acordo com critérios racionais. O projeto de recomendação escolhido nem sequer se adequava ao tema em questão (“A Constituição da República Portuguesa”) nem estava devidamente formulado, o que foi duramente criticado por um deputado de outra escola: “onde estavam com a cabeça quando escolheram estas medidas? Isto nem sequer está relacionado com a Constituição, mas com o Código Penal!”. Esta intervenção motivou um aplauso generalizado, mesmo que contrário às regras do regimento que proíbe esta género de manifestação.

No debate na especialidade, a deputada Francisca Salgado voltou a representar a nossa escola com desenvoltura ao tornar-se a porta-voz do grupo de trabalho que apresentaria alterações ao projeto de recomendação escolhido. Porém, de novo, os deputados das restantes escolas voltaram a fazer escolhas que foram, depois, consideradas absurdas. Resultou deste processo um projeto de recomendação medíocre que dificilmente será defensável pelas escolas eleitas na Sessão Nacional, pela sua inconsistência e falta de fundamentação. A nossa escola não foi eleita e está, por isso, dispensada de passar pelo desconforto de apresentar na Assembleia da República um documento que não faz justiça à qualidade das medidas que estavam originalmente em debate nesta sessão.

As nossas deputadas estão, por isso, de parabéns por terem feito um jogo limpo e democrático e, acima de tudo, com a dignidade quase profissional que nem sempre se verificou numa Sessão que não honra a memória de outras Sessões Distritais. Para o ano há mais.


O Professor,
Manuel Anastácio


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