PROJETO “PEGADAS” DESAFIA ESCOLAS PARA A CAMINHADA | |
Por António Loureiro (Professor), em 2015/06/02 | 1633 leram | 0 comentários | 1053 gostam |
A Câmara Municipal de Guimarães lançou a semana passada o projeto “Pegadas”, um programa de educação ambiental orientado para as comunidades educativas. | |
Tendo como ponto de partida o válido trabalho dos diversos estabelecimentos de ensino no âmbito do programa Eco-Escolas e face à emergência de um novo paradigma do poder político, que agora se volta com mais pertinência para a aposta na cultura da educação e para o ambiente, a Câmara Municipal de Guimarães lançou o projeto “Pegadas”, um programa transversal dedicado à educação ambiental, cujo objetivo é, em cada ano, “ promover novas parcerias e temáticas por forma a motivar e envolver de forma ativa e dinâmica todos os participantes”, em particular as comunidades educativas concelhias. Assim, nesta primeira edição, são propostas atividades nas temáticas dos resíduos, energia, água, ar, ruído, mobilidade, bem como natureza e biodiversidade, floresta, agricultura, ambiente e sustentabilidade, que se destinam à participação das escolas públicas e privadas do concelho, tendo como público-alvo toda a comunidade educativa. Recorde-se que Guimarães prepara a candidatura a Capital Verde Europeia, a ser apresentada em 2017, com a esperança de ser contemplada e bem sucedida em 2020 e que desde já lançou e/ou tem em curso um rol de realizações neste sentido, patentes na criação de parques verdes, na valorização da horta pedagógica, na dinamização do Laboratório da Paisagem, na oferta de percursos pedestres, ciclovias e quintas pedagógicas, entre outras iniciativas. Este projeto que funcionará em estreita articulação entre os pelouros camarários da educação e ambiente e o Laboratório da Paisagem, onde se localizará a sua sede, propõe as seguintes ações a desenvolver: - criação de brigadas do ambiente nas escolas, passando por um registo municipal; - organização de atividades de sensibilização e consciencialização ambiental; - organização do concursos de ideias: mascote ecolino, fotografia, desenho; - criação de campos de férias ecológicos, eco-sustentáveis ou ambientais; - organização de um eco-parlamento; - mapeamento ambiental através do registo de espécies ao nível da flora e da fauna; - ligação aos projetos e atividades do Programa Eco-Escolas e com todos os outros similares na área da energia, proteção civil, agricultura e resíduos; - criação de um prémio para atribuir às escolas mais eco-sustentáveis; - criação de uma bolsa de estudo para o melhor aluno de Biologia (secundário), Ciências da Natureza (básico) e Ciências do Ambiente (Universidade do Minho); - envolvimento da população com mais de 65 anos no projeto; - realização da Festa do Ambiente no final de cada ano letivo; - desenvolvimento de percursos pedestres, oficinas de reciclagem de materiais e equipamentos; - implementação de um concurso de inovação ambiental de aplicação prática ao concelho de Guimarães, no sentido do desenvolvimento sustentável, interligado ao empreendedorismo. Sugestões e temas não faltam. Cabe agora às organizações escolares, associações de pais e associações de estudantes, em colaboração com as Juntas de Freguesia, lançarem-se na pegada desta caminhada, porque o caminho faz-se caminhando e mil quilómetros começam com um passo … O aproveitamento ecológico e sustentável do Monte do Cavalinho, por exemplo, poderá ser uma reivindicação com pernas para andar. | |
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