OS ESCRITORES E O MUNDIAL DE FUTEBOL 2014 | |
Por Teresinha Teixeira (Administrador do Jornal), em 2014/06/13 | 514 leram | 0 comentários | 151 gostam |
Publica-se no quinzenário Jornal de Letras, subordinado ao tema “O Futebol e os Escritores”, textos alusivos ao Campeonato do Mundo de Futebol – 2014, no Brasil, a partir de 12 de Junho e que dão conta “que às vezes a literatura vai à bola”. | |
A este propósito, o Museu de Língua Portuguesa, em São Paulo, inaugura a exposição “Futebol na Ponta da Língua” em que, entre outras coisas, expõe poemas, crónicas, contos e frases de alguns escritores, sobre o desporto-rei. Respigamos, com a devida vénia, alguns desses textos, editados pelo referido periódico: “O futebol é um romance. Assim como nos bons livros, o final é inesperado” (Paulo Coelho) Insisto: se o futebol estivesse por inventar, seria eu a inventá-lo. E até inventaria a televisão para o ver calmamente em casa” (Augusto Abelaira) “Acho graça ao jogo, só que ele não pode engolir o nosso espaço cívico, o nosso interesse pela política, pela sociedade, pela leitura … Há uma euforia disparatada, promove-se um entusiasmo desbragado” (Lídia Jorge) “Portugal será um país habitável quando a monstruosa máquina de aturdimento e manipulação do futebol for reduzida ao que sempre deveria ter sido: um jogo que pode empolgar alguns, mas que não tem de alienar o pensamento ou a liberdade de decidir” (Mário de Carvalho) “O futebol é desses raros exemplos de arte corporal e mental que promovem a felicidade unânime, embora dividindo a massa, pois a fusão íntima se opera em torno da beleza do gesto, venha de que corpo vier” (Carlos Drumond de Andrade) “O conhecimento da alma humana passa por um campo de futebol” (Albert Camus) “Driblar é dar aos pés astúcias de mãos” (Millor Fernandes) “O futebol é o ideal de uma sociedade perfeita: poucas regras claras, simples, que garantem a liberdade e a igualdade dentro do campo, com a garantia do espaço para a competência individual” (Mário Vargas Llosa) “O ecrã do Mundial apagou-se, agora voltamos aos matraquilhos (…) Em cada mundial desportivo há sempre um diabo a espreitar a taça. Prepara-se para a usar como um prestígio da mentira: o desporto como falsificação ideológica” (José Cardoso Pires) “Vemos e revemos a mesma sequência de imagens, com o mesmo fascínio com que relemos um romance, e vemos um quadro ou de novo ouvimos uma sinfonia. Já sabemos como acaba o romance ou se desenvolve a sinfonia; já conhecemos o resultado final do jogo: mas aquele gesto de desalento do atleta derrotado ou o toque subtil que inventa uma solução impossível para a jogada aparentemente perdida, são momentos sublimes que só o desporto é capaz de inventar – e que só a imagem de televisão permite fruir: como se fosse um poema”. (Carlos Reis) Bem, se quer mais, leia o Jornal de Letras. Até lá, fique-se com os jogos de Portugal: - 16 de Junho – Alemanha-Portugal (17 horas); - 22 de Junho - EUA- Portugal (23 horas); - 26 de Junho – Portugal-Gana (17 horas). Lembre-se que Portugal descobriu o Brasil, agora quer conquistá-lo FORÇA PORTUGAL. Autor do texto. Professor jubilado Álvaro Nunes | |
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