GIL VICENTE VOLTA A VENCER | |||||||
Por António Loureiro (Professor), em 2013/12/12 | 690 leram | ![]() ![]() | ||||||
O nosso agrupamento conquistou uma vez mais o prémio do melhor carro alegórico do cortejo das Maçãzinhas, número integrado nas Festas Nicolinas, desta feita “ex aequo” com a Secundária Francisco de Holanda. | |||||||
![]() Deste modo, o agrupamento vai receber da edilidade o montante de 500 euros em material pedagógio, que premeia o trabalho de parceria levado a cabo entre a EB 2,3 Gil Vicente e o Centro para a Criação, Arte e Cultura, sediado na antiga escola da Vaca Negra, que este ano, pela primeira vez, colaborou activamente na concepção, execução e no apoio logístico do projecto. No fundo, uma iniciativa de positiva envolvência e articulação da comunidade educativa, que de forma lúdica e motivadora comungou vontades e interresses em prol de objectivos comuns. Recorde-se, todavia, que este é apenas um dos vários troféus obtidos pelo agrupamento ao longo destes últimos anos no decurso da sua participação no evento e que globalmente e no seu cerne, não só visa manter viva e preservar esta secular tradição estudantil vimaranense, à qual Urgezes está intrinsecamente ligada (ler a este propósito o texto”Urgezes e as Nicolinas”), como também propiciar a assunção de um projecto pedagógico que pode, como já pôde, atingir perspectivas mais latas. Este ano, o carro alegórico glosou como tema a homenagem ao insigne vimaranense João de Meira (1881-1913), uma vez que no presente ano perpassa o centenário da sua morte (ver texto em separado). Ora, optando por um design simples, mas vistoso e cromático, o carro alegórico explorou equilibradamente alguns ícones nicolinos, nomeadamente o tambor, que na sua pele curtida assumiria as feições e imagem do homenageado. Complementarmente, outros elementos simbólicos das festas, especificamente as maçãzinhas decoravam o carro alusivo, aludindo o próprio número nicolino que desfilava. Concomitantemente, uma estrofe do Pregão de 1905, escrito pelo próprio homenageado, fechava o carro alegórico, recordando o homem que além de médico, professor,investigador científico e histórico, foi também escritor e autor de três pregões nicolinos (1903, 1904 e 1905). Aqui fica esse curto excerto de exortação e apelo, extraído do pregão de 1904, mantendo a grafia da época, que 108 anos depois se mantém actual: “Rapazes! Nossa musica divina Capaz de estremunhar até Morpheu! A musica da festa Nicolina Que a terra abala e desconjunta o Ceu Mais força, se é possível, mais ferina Que inda não é bastante este escarcéu Façamos tal restolho, tal chimfrim Que o inferno pareça aqui assim! … | |||||||
Mais Imagens:
| |||||||
Comentários | |||||||