FEIRA AFONSINA 2018 | ||||
Por António Lourenço (Professor), em 2018/06/15 | 671 leram | 0 comentários | 218 gostam | |||
Decorre entre 21 e 24 de junho mais uma edição da Feira Afonsina, que este terá como tema “O Tratado de Zamora”, pacto que marca um período de apaziguamento entre D. Afonso Henriques e seu primo Afonso VII, rei de Leão. | ||||
De facto, a recriação histórica do “Tratado de Zamora”, assinado nos dias 3 e 4 de outubro de 1143, cujo simulacro será levado a cabo no Paço dos Duques de Bragança e um torneio marcado para o jardim lateral deste mesmo espaço, constituem as duas iniciativas fundamentais da Feira Afonsina deste ano, ambos condicionados ao levantamento prévio de bilhetes. O primeiro a ocorrer em oito espetáculos marcados: quinta-feira (19,30 horas), sexta-feira e sábado (11, 15, 17 e 19,30 horas) e domingo (11, 15 e 17 horas); por sua vez, o torneio a realizar-se diariamente, entre quinta-feira e sábado, às 22 horas. Paralelamente e como costumeiro, a feira oferece ainda uma Zona de Iguarias, com variados petiscos confecionados à moda antiga e uma Zona de Mercadores, na qual o comércio de objetos e utensílios de trabalho ou ócio predominam, ao longo de inúmeras artérias do burgo. Simultaneamente, ao longo de diversos espaços citadinos, várias áreas temáticas ocuparão todo o Centro Histórico, com destaque para as seguintes: - o Arraial, na Colina Sagrada, ocupado pelas tropas e artífices; - o Largo do Oculto, no Largo dos Laranjais, local para o qual se retiram crentes e objetos do oculto, mercadejando amuletos, mezinhas e pedras com poderes especiais; - o Jardim dos Infantes, no Largo Martins Sarmento, espaço lúdico e de treino para os mais novos, enquanto escola e recreio de aprendizagem para futuras damas e cavaleiros; - o Quelho das Desgraças, na Rua João Lopes de Faria, local de pedintes, meretrizes, loucos e empestados, que entre a esterqueira e objetos de tortura criam um quadro vivo dos marginalizados da época; - o Largo dos Duques, no Largo da Misericórdia, local de aprendizagem das danças da corte, declamações trovadorescas e de jograis; - a Praça de Mercar, no Largo Cónego José Maria Gomes, local de paragem da caravana de mercadores, animado pelos seus pregões e chocalhos e sentido pelos seus cheiros e aromas; - a Estalagem Ti-Berna, no Largo Condessa de Juncal, que, ao consta por estas bandas, será o local onde se bebe o melhor vinho e se comem as mais apreciadas iguarias da região. Porém, no decurso da feira, são também ofertadas outras atividades destinadas ao público, todas elas a ter lugar na Colina Sagrada, a maioria delas sujeitas a limites de inscrições prévias. Entre estas, destacam-se o Almoço/Jantar no Arraial (7 euros por pessoa), compreendendo refeições diárias confecionadas com técnicas e ingredientes da época (às 13 e 20,30 horas), a Visita ao Acampamento dos Arqueiros, que propiciará a perceção dos processos de fabrico do arco e da flecha, algumas técnicas de combate e alguns ofícios do quotidiano (diariamente, às 15 e 18 horas), bem como a Prática de Tiro com Arco. Em complemento e “Na pele de um guerreiro” (diariamente, às 16 e 19 horas), os visitantes poderão ainda ter ensejo de usufruir de treino militar e experimentar vestes, armas e técnicas básicas do uso da espada e/ou lança. Refira-se ainda que a feira abrirá na quinta-feira pelas 18 horas, prolongando-se por 4 dias, até domingo, com encerramento previsto para as 22 horas, após o Folguedo Final. Com efeito, a partir das 21,30 horas, junto à estátua de D. Afonso Henriques, na Colina Sagrada e a finalizar o evento, juntam-se neste Folguedo Final, em clima de festa e em desfile até ao Largo da Oliveira, mercadores, trovadores e populares, celebrando a notícia do batismo do jovem D. Afonso Henriques e contagiando de alegria todas as gentes e visitantes. Por seu turno, nos restantes dias o certame estará aberto entre as 11 horas da manhã e a 1 hora da noite. Texto escrito por Álvaro Nunes | ||||
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