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CASA DA MEMÓRIA ABRIU PORTAS
Por António Loureiro (Professor), em 2016/05/03632 leram | 0 comentários | 182 gostam
25 de abril, dia de boa memória, foi a data escolhida para a inauguração da Casa da Memória de Guimarães, equipamento cultural inserido no âmbito da Capital Europeia da Cultura 2012.
25 de abril, dia de boa memória, foi a data escolhida para a inauguração da Casa da Memória de Guimarães, equipamento cultural inserido no âmbito da Capital Europeia da Cultura 2012 e que apenas abriu portas ao público quatro anos depois.
 Instalada nas antigas naves industriais do edifício da ex-Fábrica de Plásticos Pátria, na Avenida Conde de Margaride, a Casa da Memória abarca diversos núcleos expositivos centrados na “Nave Comunidade” e na “Nave Território”, estendendo-se diacronicamente entre o passado, o presente e o futuro vimaranense.
Deste modo, uma réplica da espada de D. Afonso Henriques, um pequeno estúdio com filmes de Guimarães, um jogo interativo que permite alterar a paisagem urbana, as festas mais emblemáticas da cidade como as Nicolinas e as Gualterianas e um tutorial sobre as claques do Vitória, são alguns dos muitos motivos de interesse que o visitante pode apreciar nesta casa. Mas também, a Ronda da Lapinha e os achados arqueológicos da Citânia de Briteiros, uma área dedicada às lendas e mitos e um espaço alusivo a projetos antigos e por concretizar, como a construção da segunda torre da Basílica de S. Pedro ou a recordação da hipotética existência de petróleo no Largo do Toural.
Mais especificamente, na “Nave Comunidade” contempla-se fundamentalmente a história da cidade, através da apresentação de objetos, biografias de personalidades marcantes e dados estatísticos de variada índole, que convergem até ao presente e às inovações industriais dos nossos tempos. Aqui, estão também patentes as festividades concelhias, um painel sobre a Batalha de S. Mamede, uma escultura em ferro da Senhora da Oliveira, a memória de um casal minhoto e o impacto da industrialização e a transformação dos quotidianos concelhios.
A viagem nos vários micro-espaços e tempo vimaranense prossegue na “Nave Território”, mais orientada para as áreas temáticas e para a vertente multimédia. Assim, nesta ala, os visitantes poderão consultar registos cinematográficos sobre a comunidade vimaranense, fotografias e documentos antigos e aceder a entrevistas de pessoas entre os 6 e os 90 anos, a partir de suas memórias e testemunhos. A exposição, que privilegia a componente iconográfica e a exibição de réplicas 3D de peças originais, inclui trabalhos audiovisuais diversos das Festas Nicolinas, referências à Marcha Gualteriana e vídeos alusivos à claque do Vitória.
Com gestão a cargo da cooperativa “A Oficina”, a Casa da Memória encerra apenas à segunda-feira e encontra-se aberta ao público entre as 10 e as 13 horas e das 14 às 19 horas. Quanto às entradas, apenas gratuitas aos domingos de manhã, custam 3 euros, não obstante existirem descontos específicos para os portadores do Cartão Jovem e Cartão Municipal de Idoso, entre outros, cujo ingresso se cifra em 2 euros. De igual modo, nas visitas orientadas, o preço do bilhete é de 1,5 euros para grupos escolares e de 4 euros para outros grupos organizados.
Uma nova infraestrutura cultural a (re)viver e a usufruir, que a exemplo de outras, como o Centro de Artes e Criatividade e o espaço Curtir Ciência, colocam a urbe vimaranense no rumo certo entre um pretérito histórico e o seu devir criativo.

Escrito por,
Álvaro Nunes

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