25 de Abril de 1974 | ||
Por António Loureiro (Professor), em 2017/04/21 | 795 leram | 0 comentários | 204 gostam | |
Democratizar, Descolonizar, Desenvolver. | ||
Estado Nome foi a designação atribuída ao novo regime político edificado por Oliveira Salazar a partir da aprovação da Constituição de 1933. Um regime ditatorial de tipo fascista que manteve Salazar como governante de Portugal durante cerca de quatro décadas. Formalmente existiam eleições, mas estas foram sempre contestadas pela oposição, que sempre acusou o governo de fraude eleitoral e de desrespeito pelo dever da imparcialidade. Quando Marcelo Caetano substituiu Salazar em 1968 e ocupou o cargo de Presidente do Conselho, foi alimentada a esperança que o país se pudesse democratizar e libertar-se finalmente das correntes da ditadura!... No entanto, depressa essa esperança ´´murchou``. Marcelo Caetano manteve a polícia política (PIDE /DGS), o país em guerra nas colónias, a crise económica e financeira agravava-se… Esta situação repressiva incutiu nos opositores a necessidade de derrubar o regime que, para tal, organizavam reuniões clandestinas. Entre os contestatários salientaram-se sobretudo alguns militares como, por exemplo, os generais Spínola e Costa Gomes. O movimento de oposição culminou na noite de 24 para o dia 25 de Abril de 1974, quando um grupo de militares comandados por Otelo Saraiva de Carvalho instalou secretamente o posto de comando golpista no quartel da Pontinha, em Lisboa. Após o sinal previamente combinado entre os militares do MFA (Movimento das Forças Armadas), a transmissão das canções “E depois do Adeus” e “Grândola Vila Morena” na Rádio renascença, vários regimentos militares colaboraram concertadamente no golpe militar, desenvolvendo uma ação pacífica que terminou com a deposição de Marcelo Caetano. Este rendeu-se ao jovem Capitão Salgueiro Maia depois de garantir a sua única exigência: entregar o governo ao General António Spínola. O cravo tornou-se no símbolo da Revolução de Abril de 1974. Com o amanhecer, as pessoas começaram a juntar-se nas ruas, apoiando os soldados revoltosos e alguém começou a distribuir cravos vermelhos pelos soldados que os colocaram nos canos das espingardas. O essencial do programa do MFA estava resumido no programa dos três D: Democratizar, Descolonizar, Desenvolver. Esse seria também o programa da Junta de Salvação Nacional, constituída por militares, que assumiu um governo de transição. Departamento de Ciências Sociais e Humanas | ||
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